Outro dia, uma criança que estava paradinha diante de um conhecido quadro de Jesus orante, ao me ver ar, me contemplou trazendo a seguinte questão: Por que você reza?
A pergunta, aparentemente simples, me deixou um pouco desconcertado. Tentei disfarçar o embaraço e lhe disse de maneira singela que a oração é um espaço de encontro com Deus no qual posso apresentar os próprios desejos, aflições e pedidos.
Mas, o garotinho maroto parecia que se agradava do meu desconforto e, apontando para Jesus, questionou: E por que Ele reza?
Ora, explicar que eu, pobre pecador, preciso da oração como forma de união com Deus é moleza. Até uma criança entende. Mas, compreender que Deus dirija uma oração a si mesmo, e ainda que a vontade divina se declare para ela própria… Que pedreira! De que forma assimilar que sendo Deus, Cristo rezasse ao Pai?
Veja-se que estamos falando de Cristo, o qual mesmo enquanto homem, possuía o perfeito conhecimento decorrente de sua ciência infusa e beata (incluindo, evidentemente, o conhecimento de eventos futuros).
Parece razoável crer que Jesus rezava segundo a natureza humana e em razão da vontade também humana. Ora, enquanto Deus, Jesus tinha com o Pai a mesmíssima vontade e o mesmo poder onipotente. Portanto, a Cristo convinha rezar enquanto homem, porque a vontade humana, limitada naturalmente, não fazia por si só exatamente tudo o que quisesse, mas se socorria do poder divino, conforme assenta o salmista: “Tudo o que quer, o Senhor faz…” (Sl 134, 6).
Portanto, Cristo tinha a clareza de que, por pura disposição divina, alguns acontecimentos estavam atrelados à força de sua oração. Na ordem da Providência, o Pai não é indiferente aos anseios das criaturas concedendo generosamente o que lhes é necessário ou conveniente. Este mesmo Pai amoroso provê ainda a todos pela via da colaboração delas como causas segundas, incluindo-se aqui a oração de Cristo-homem.
Por fim, diante daquele inocente garoto, arrematei que o Senhor continua a rezar no Céu, intercedendo ao Pai por mim, por ele e por todos nós como nosso advogado. E citando a Bíblia finalizei: “Cristo aquele que morreu e depois ressuscitou e está à direita de Deus e suplica e por nós” (Rm 8, 34).
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